segunda-feira, 3 de outubro de 2011

FINAL DO CIRCUITO ESCOLAR JUVENIL






Foi realizada nas dependências da Academia Jogada de Mestre, a final do Circuito Escolar Juvenil de xadrez, sub-18, que contou com a participação de diversos enxadristas representando suas respectivas escolas.

O torneio foi realizado pela FEXEAL (Federação Alagoana de Xadrez) e teve o intuito de integrar os jovens enxadristas na competição favorecendo assim a socialização e a aplicação dos conhecimentos de cada um nas partidas disputadas.

O destaque do torneio foi a enxadrista Ana Emília, de apenas 11 anos, representante do CAXE (Centro de Aprendizagem de Xadrez Escolar) que ficou em primeiro lugar na categoria Feminino, primeiro lugar na categoria 6º Ano e terceiro lugar na classificação geral, sendo a competidora com mais medalhas ganhas na competição – três medalhas e um troféu.

Nós do CAXE, parabenizamos nossa competidora pelo esforço nas partidas e pelas vitórias adquiridas. Esperamos que continue se dedicando e buscando sempre dar o melhor de si, assim como todos os alunos do CAXE.

PARABÉNS !!!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

REUNIÃO ENTRE A FEXEAL, CAXE E EDUCADORES



No último dia 26 do corrente mês, foi realizada uma reunião, na residência do Sr. Yuri Miranda, presidente da Federação Alagoana de Xadrez, que contou com a participação de educadores que trabalham com o xadrez em nosso estado, inclusive do Prof. Alexandre Marques, representante do CAXE.

Na oportunidade foram discutidas medidas para o fortalecimento do xadrez escolar em nosso estado, através de projetos educacionais organizados pedagogicamente, destacando o xadrez como um instrumento de desenvolvimento cognitivo e tão necessário tanto em escolas da rede pública de ensino, quanto em escolas particulares.

Foram discutidas ainda medidas pedagógicas para a capacitação dos professores de xadrez escolar em sala de aula e a valorização do curso de xadrez em escolas particulares. Segundo o professor Alexandre, “o xadrez por ser um importante instrumento pedagógico para o desenvolvimento cognitivo e comprovado em várias pesquisas não só no Brasil, mas em diversos países do mundo, tem sido colocado em segundo plano em muitas instituições de ensino de nosso estado, quando na verdade deveria ser um dos recursos pedagógicos mais valorizados”.

Um exemplo da importância deste jogo milenar na área educacional, parte do Projeto Caminho dos Reis, que já foi implantado em diversas instituições de ensino e vem ao longo dos anos obtendo excelentes resultados, como por exemplo, no Colégio Santa Amélia, unidade Farol, aonde os alunos do curso de xadrez vem alcançando resultados como a superação de dificuldades de aprendizagem e a melhoria intelectual dos discentes do curso.

Nesta mesma reunião, foram entregues os certificados dos aprovados no curso de arbitragem do Árbitro Internacional Mauro Amaral, que foi realizado em maio deste ano nas dependências da Academia Jogada de Mestre.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Palestra sobre Xadrez Escolar

Prezados pais e educadores,


O CAXE em parceria com o Col. Santa Amélia vem através deste convidar Vossa Senhoria para uma palestra sobre xadrez escolar, com o tema “Xadrez na educação contemporânea: o pensar em tempos de tecnologia”, a ser realizada pelo Prof. Esp. Alexandre V. Marques, onde serão abordadas questões referentes à importância da prática do jogo de xadrez para o desenvolvimento cognitivo, superação das dificuldades de aprendizagem das crianças e adolescentes, entre outras.

Data: 14 de Julho de 2011 (Quinta-feira)

Horário: 19h00

Local: Auditório do Col. Santa Amélia – Unidade Farol.

Informações: (82) 9601-7094 e 8815-3019


Contamos com a sua presença!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Xadrez Uma perfeita ginástica mental

Recentemente, o The Wall Street Journal publicou um artigo assinado pelo Sr. Bernard Wysocki que abordava um tema muito debatido na sociedade científica norte-americana: a relação entre a atividade mental e a conservação da memória nas pessoas que passam dos 40 anos de idade.

Depois de ser os pioneiros na Saúde Física, os norte-americanos estão dedicados atualmente na manutenção de seus cérebros em forma. Daí os diferentes estudos realizados por respeitáveis instituições científicas sobre este importante tema.

No artigo mencionado, expõem-se vários conselhos para evitar a deterioração da memória.

Desde determinadas dietas ricas em VITAMINA A, E e antioxidantes naturais, até dormir o suficiente, maior utilização da mão contrária, fazer exercícios diários e tratar de diminuir as situações que provoquem stress.

Assinala também que o enfoque mais popular para manter afinada a memória constitui em seu treinamento ativo, o que alguns especialistas denominam Ginástica Mental Aeróbica.

Para tal efeito, a Universidade da Califórnia, em Los Angeles, oferece cursos de treinamentos da memória, de cinco semanas de duração, baseados em diferentes provas cognoscitivas e conselhos práticos.

Baseados no princípio de que órgão que não se exercita se atrofia, e de estudos recentes que reforçam o critério de que a memória é como um músculo flácido que pode ser tonificado mesmo em idades avançadas é que se popularizaram as propostas da Ginástica Mental como terapia eficaz para evitar a erosão da memória relacionada com a idade.

Entre os exercícios recomendados estão jogar brigde, resolver palavras-cruzadas e quebra-cabeças ou aprender um idioma.
Isso é, estas atividades podem fazer pelo cérebro o que os abdominais fazem pelo corpo.

Corroborando os resultados positivos da Ginástica Mental, o Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos tornou público o maior estudo clínico já realizado sobre o exercício da memória; examinou 2,800 pessoas de 65 anos ou mais.

Conclusões:
Cerca de 26% das que receberam um treinamento normal mostraram uma melhoria substancial.
Em outro subgrupo, onde os participantes fizeram exercícios de velocidade de processamento, 87% mostrou uma melhoria muito superior.

Reflexões:
Depois de conhecer estes estudos e as conclusões correspondentes, onde se defende o critério de que a atividade mental é fundamental para a manutenção da memória e a atividade geral do cérebro, pergunto-me: que outra atividade pode se constituir numa ferramenta perfeita e possivelmente mais efetiva do que as mencionadas anteriormente para cumprir os princípios de uma verdadeira Ginástica Mental?

A resposta é simples: o Xadrez.
Ou acaso uma partida de Xadrez não se constitui, por si só, num exercício mental, onde, a cada instante, o cálculo, a velocidade de processamento e organização de uma ampla gama de informações e a tomada de decisões são fundamentais?

Calcular árvores de variantes e encontrar soluções sob a pressão de um tempo determinado é, por si só, um treinamento mental completo, onde, ademais, fatores desportivos e psicológicos obrigam o jogador a ser sumamente exato no processo mental que implica na busca e comprovação de soluções.

O Xadrez, que é uma das mais interessantes criações do engenho humano, é uma atividade intelectual que se constitui num elemento sumamente importante dentro de diferentes atividades que podem servir para a realização de estudos sobre o comportamento do cérebro.

Poucas atividades mentais podem comparar-se ao jogo-ciência como exemplo de processamentos de dados e organização de ideias em busca de solucionar problemas sob determinadas situações complexas e variáveis.

A riqueza temática do Xadrez é incalculável, já que inter-relaciona elementos científicos, artísticos, lógicos, matemáticos, filosóficos, psicológicos, estratégicos e táticos.

Estas aplicações permitem assegurar que o Xadrez é uma Ginástica Mental Integral de infinitas potencialidades de investigação no campo da Saúde Mental. Sua prática contribui para prolongar as faculdades intelectuais.

Entendo que não está longe o dia em que os Cientistas dedicados às investigações do cérebro tomem muito a sério o Xadrez como uma ferramenta fundamental para o estudo de diferentes aspectos relacionados com a memória, o processo do pensamento e toda a atividade do cérebro, o mais complexo e perfeito órgão que possui o ser humano.


Bibliografia principal consultada:>
The Wall Street Journal, abril / 2003.
Ajedrez para todos, Curso Básico, ISLA - Cuba, 2003.

Xadrez escolar

Os seres humanos se destacam dos outros seres vivos pela aquisição da capacidade de agir sobre a natureza, ou seja, mudar, pensar logicamente.

Dentro deste contexto, tem-se a implantação do xadrez como atividade de suma importância para o treinamento deste raciocínio lógico.

É do conhecimento de todos, que o xadrez vem a enriquecer não só o nível cultural do indivíduo, mas também várias outras capacidades como a memória, a agilidade no pensamento, a segurança na tomada de decisões, o aprendizado na vitória e na derrota, a capacidade de concentração, entre outros.

O ensino e a prática do xadrez têm relevante importância pedagógica, na medida em que tal procedimento implica, entre outros, no exercício da sociabilidade, do raciocínio analítico e sintético, da memória, da autoconfiança e da organização metódica e estratégica do estudo.

O jogador de xadrez, constantemente exposto a situações em que precisa efetivamente olhar, avaliar e entender a realidade, pode mais facilmente, aprender a planejar adequada e equilibradamente, a aceitar pontos de vista diversos, a discutir questionários e compreender limites e valores estabelecidos e a vivenciar a riqueza das experiências de flexibilidade e reversibilidade de pensamentos e posturas.

Em países como a França e a Holanda o xadrez já há muito tempo faz parte do currículo escolar como atividade extracurricular.
Após sua implantação, percebeu-se um elevado nível de alunos com melhora no coeficiente escolar e uma queda no nível de atendimentos a alunos com dificuldades de concentração.

Na Rússia, o xadrez está para eles como o futebol esta para nós, brasileiros.

O governo russo apoiou intensivamente a difusão do xadrez, criando até universidades específicas para o melhor estudo do jogo; sendo que nas escolas, todos, sem exceções, praticam xadrez.

O psicólogo BINET (1891), primeiro criador dos testes de quociente da inteligência e professor da Universidade da Sorbonne, em Paris, iniciou suas experiências sobre algumas das possíveis contribuições do xadrez para o desenvolvimento intelectual.
Suas conclusões, que abordaram a memória, a imaginação, o autocontrole, a paciência e a concentração, serviram de base para futuros trabalhos sobre o funcionamento do cérebro.

Os psicólogos da Universidade de Moscou DIACOV, PETROVSKY e RUDIK (1926), foram encarregados pelo governo soviético de investigar o eventual valor educativo do xadrez.
Eles verificaram que os enxadristas são muito superiores à população em geral quanto à memória, imaginação, atenção distribuída e ao pensamento lógico, passando então a recomendar este esporte como um método de auto desenvolvimento das capacidades intelectuais.

VYGOTSKY (1933), afirmou que “embora no jogo de xadrez não haja uma substituição direta das relações da vida real, ele é sem duvida, um tipo de situação imaginária”.
Pode-se dizer que, conforme propõe este grande psicólogo, através da aprendizagem do xadrez, a criança estaria elaborando habilidades e conhecimentos socialmente disponíveis, passando a internalizá-los, propiciando a ela um comportamento alem do habitual de sua idade.

O psicólogo, matemático e enxadrista GROOT (1946), o qual representou seu país em três olimpíadas de xadrez, publicou seus estudos sobre o processo do pensamento dos mestres enxadristas.
Este autor pensa ser capaz de confirmar a teoria da “concepção linear” de SELZ, considerando que cada momento do pensamento é determinado em sua totalidade pelo conjunto dos momentos que o procederam.
Para ele, o pensamento no xadrez é essencialmente “não verbal”, e sim, deriva de uma série de retro-análises que vêm em forma codificada à cabeça do jogador.

Os psicólogos da Universidade de Gand, CHRISTIAEN e VERHOFSTADT (1981), investigando a influência do xadrez no desenvolvimento cognitivo, observaram que alunos do grupo experimental ao nível de 5º série, que receberam aulas de xadrez durante dois anos, obtiveram resultados significativamente superiores em testes cognitivos do tipo proposto por PIAGET, do que os alunos do grupo controle que não as receberam.

Desde 1976, o Ministério da Educação da França patrocina as competições de xadrez escolar oficiais e sugere às autoridades acadêmicas que incentivem o ensino do xadrez como atividade “sócio-educativa”, como atividade de “estimulação cognitiva” e como “estudo dirigido”.
Neste país, inúmeras experiências, do jardim-de-infância à universidade estão sendo realizadas.

Na década de 1980, com os jogadores KARPOV e KASPAROV, o xadrez transformou-se no esporte número um da então União Soviética, e seus torneios escolares chegavam a receber um milhão de alunos, somando-se as diversas etapas.

Atualmente cerca de 300.000 mil estudantes estão sendo beneficiados por uma resolução do ministério da educação da Holanda, que autorizou a inclusão do xadrez como disciplina escolar no currículo de primeiro grau durante meia hora semanal.

Nos últimos anos, o tema “xadrez e educação” tem estado presente nos debates institucionais.
Se em países desenvolvidos a utilização de jogos de estratégia em salas de aula já se encontra perfeitamente aceitável, o mesmo não se pode afirmar, salvo algumas exceções, quanto aos países em desenvolvimento, entretanto, no Brasil, a implantação do xadrez nas escolas já é vista como fundamental por pedagogos e coordenadores, e isto vem sendo feito, mas mais especificamente nos últimos quinze anos.

No estado do Paraná o projeto encontra-se em fase bastante avançada, sobretudo pelos esforços do grande mestre Jaime Sunye Neto e de sua equipe de trabalho.
Em Curitiba já existem torneios que mobilizam mais de oitocentas crianças em cada etapa, e em todo estado estima-se que o número de alunos envolvidos com o xadrez passe de quinhentos mil.

Entender os benefícios que este esporte pode trazer ao aluno e a educação em geral é a maior barreira para os educadores, porém, como já é demonstrado, basta analisar os resultados obtidos e também aprofundar o estudo em relação aos verdadeiros benefícios do xadrez para saber como aplicá-lo, que a iniciativa será justificada.


Ciro José Cardoso Pimenta
  • Graduando em Educação Física pela UFPR.
  • Técnico, professor, árbitro, jogador e palestrante de xadrez.
  • Vice-Presidente da Federação de Xadrez do Paraná.
  • E-mail: ciropimenta@bol.com.br

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Aulas interativas no Col. Santa Amélia.




Buscando sempre inovar e tornando nossas aulas cada vez mais dinâmicas, buscamos aplicar um trabalho em equipe, onde nossos alunos puderam através do trabalho em equipe, construir um painel, explicando o que vem a ser um xeque, um xeque-mate e um afogamento no jogo de xadrez, para uma melhor fixação do aprendizado.

Para a realização deste trabalho as equipes utilizaram colas, tesouras, papel 40, réguas, lápis de cor, lápis piloto, revistas e muita criatividade.

Este trabalho foi realizado de forma interdisciplinar, envolvendo disciplinas como xadrez escolar, matemática, língua portuguesa, geometria e artes. Nestas aulas abordamos Regras, Raciocínio Lógico, Ludicidade, análise e síntese, resolução de problemas, criatividade, interdisciplinaridade, abstração e objetividade, autocrítica e auto avaliação.

Durante o trabalho, os alunos tiveram a oportunidade de lidar com as diferenças e dificuldades surgidas a cada momento, assim como formas de superação dos obstáculos alcançados.

Inicialmente todos receberam informações de como se deve trabalhar em equipe e como se alcançar os objetivos propostos, dividindo responsabilidades e nomeando seus líderes, para que estes orientassem o trabalho da melhor forma possível.

Por fim, as equipes apresentaram seus trabalhos explicando para todos os presentes não apenas o assunto em si, mas suas impressões sobre os acertos, os erros e dificuldades encontradas em sua construção.

Parabenizamos as equipes pelo esforço, pelo trabalho desenvolvido e principalmente pela dedicação ao trabalho!

Parabéns !!!

Prof. Alexandre Vieira Marques

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

JUSTIFICATIVA PARA IMPLANTAÇÃO DO XADREZ NAS ESCOLAS



JUSTIFICATIVA
William Pereira da Silva

O projeto xadrez nas escolas públicas, surgiu da experiência vivida pelo professor autor desse projeto, WILLIAM PEREIRA DA SILVA, durante oito anos desenvolvendo o jogo de xadrez na ESCOLA ESTADUAL JERÔNIMO ROSADO, e como diretor técnico da modalidade xadrez nos Jogos Escolares do Rio Grande do Norte ( JERN'S ), regional Mossoró, desde l996.
Durante essa experiência desenvolvendo o xadrez como uma disciplina extra-classe e modalidade esportiva, foram adquiridos conhecimentos importantes sobre esse jogo . Conhecimentos estes que nos levaram a descobrir que o jogo de xadrez está implantado em várias escolas do Brasil numa escala bastante acentuada.
A presença do xadrez na grande maioria dos centros educativos é hoje uma realidade. Seja por meio das associações de pais, de clubes esportivos, escolas municipais, de algum professor com interesse pelo xadrez, ou inclusive através de academias privadas , raramente há um colégio que não tenha algum tipo de aula de xadrez de forma extra-curricular. " É uma situação de feito e não de direito".
Esse projeto de xadrez nas escolas justificam sua existência por estar demonstrando que o xadrez:


É cultura: uma atividade lúdica de origem milenar que se tem distribuído por todos os países do mundo e que encerra um corpo de conhecimentos e experiência que constituem patrimônio cultural da humanidade.
Tem uma base matemática: a matemática é um instrumento e linguagem da ciência, da técnica e do pensamento organizado.
Estimula o desenvolvimento de habilidades cognitivas tais como: atenção, memória, raciocínio lógico, inteligência, imaginação, etc...; capacidades fundamentais no desenvolvimento futuro do indivíduo.
Estimula a auto-estima, a competição saudável e o trabalho em equipe.
Pode ser utilizado como elemento estruturante do tempo livre do indivíduo.
Proporciona prazer em seu estudo e prática.
Por ser um jogo de regras, dita uma pauta ética em um momento propício para a aquisição de valores morais.
Devido às suas múltiplas virtudes, contribui para a formação de melhores cidadãos.

O jogo de xadrez é uma atividade que através do tempo, conquistou cultura e costumes de povos e países em todo mundo durante milênios.

O xadrez é o segundo esporte mais praticado no mundo, é um grande impulsionador da imaginação, que também contribui para o desenvolvimento da memória da capacidade de concentração e da velocidade de raciocínio. Foi constatado que o xadrez desempenha um papel social por ensinar a lidar com a derrota e com a vitória, mostrando que "derrota não é sinônimo de fracasso nem vitória é sinônimo de sucesso". O xadrez é capaz de mostrar conseqüências de atitudes displicentes, que não tenham sido previamente calculadas, por conseguinte, estimular o hábito de refletir antes de agir, além de ensinar a arcar com as próprias responsabilidades dos próprios atos.

O raciocínio lógico e a capacidade de calculo são estimulados, produzindo excelentes resultados no desempenho escolar, com destaque particularmente notável em casos de Física e matemática.

Algumas pesquisas educativas relacionadas com o xadrez provam a influência positiva deste jogo/esporte sobre seus praticantes.

Por exemplo, há mais de cem anos, Binet (1891) foi o primeiro que começou a estabelecer relações entre o xadrez e sua influência sobre aspectos da mente tais como: inteligência, concentração, imaginação e memória.

Rank (1974), trabalhando com dois grupos de estudantes, um que estudava o xadrez e outro sem instrução enxadrística, demonstrou que o grupo que estudava o xadrez em cursos dirigidos apresentava uma performance melhor tanto na parte de cálculos como na parte verbal.

Por exemplo, Stephenson (1979), trabalhando com programas intensivo de xadrez provou o aumento do rendimento escolar nas atitudes, esforço, concentração e auto-estima em, pelo menos, 50% de seus estudantes.

Browm (1981), afirma que a difusão do xadrez no meio escolar contribui, não somente para se exercitar as qualidades pessoais de cada indivíduo como também ajuda a superar problemas de convívio em grupo e de conduta.

Nesse mesmo ano, Cristiansem, trabalhando com programas de xadrez para crianças de 10 e 11 anos demonstrou que este influenciava positivamente o rendimento geral de seus alunos.


Fergusson, em 1983, demonstrou a influencia decisiva do xadrez sobre o pensamento crítico de estudantes que haviam sido submetidos a cursos intensivos desta disciplina.

Pesquisas realizadas por Charles Partos, professor do Departamento de Instrução Pública do Cantão do Valais (Suíça), afirma que o xadrez desenvolve:
1. A atenção e concentração;
2. O julgamento e o planejamento;
3. A imaginação e a antecipação;
4. A memória;
5. A vontade de vencer, a paciência e o auto-controle;
6. O espírito de decisão e a coragem;
7. A lógica matemática, o raciocínio analítico e sintético;
8. A criatividade;
9. A inteligência;
10.A organização metódica do estudo e o interesse pelas línguas
estrangeiras.

" Depois de anos pesquisando o desenvolvimento da concentração em crianças e adolescentes posso afirmar que o progresso mais acentuado coincide-se com o começo da prática do xadrez, o qual influe, sem dúvida, na mentalidade deles".
KROGIUS, N. V. La psicologia em ajedrez.

"A impossibilidade de conhecer o melhor lance em uma partida de xadrez é que eleva o xadrez de um jogo científico para uma forma de arte, um meio de expressão individual".
JOHN R. BOWAN(Físico)

“Por isso o xadrez merece credito, porque ensina o mais importante na solução de um problema, que é saber olhar e entender a realidade que se apresenta.”

E, além disso, aprender que as peças no xadrez não têm valores absolutos, que se deve controlar as posições das demais peças, tanto as próprias como as do adversário, para armar uma estratégia. Ter a percepção de flexibilidade e reversibilidade do pensamento que ordena o jogo.

Quantas vezes podemos notar crianças, por exemplo, ao não entenderem o que o enunciado do problema lhe diz. Não sabem solucioná-lo, aprendem fórmulas de memória, quando encontram textos diferentes não acham a resposta correta.

Devemos conseguir que as crianças e jovens encontrem seus próprios sistema de ação e para isso teremos que evitar, sempre que possível, as soluções mecanizadas.

Assim na escola secundária com os dados de um teorema e sua idéia, a demonstração pode ser encontrada pelo aluno, porém para que isso aconteça é importante um certo treinamento na escola fundamental.

Sentindo a importância que o jogo de xadrez tem hoje no âmbito escolar no mundo e no Brasil, elaboramos esse projeto xadrez nas escolas, para ser implantado nas escolas estaduais de Mossoró e quem sabe no futuro em todo estado.
Trata-se de um instrumento de grande relevância para divulgar e difundir o xadrez, tornando-o popular e objeto de estudo para ser admirado, praticado e construir uma disciplina opcional ou curricular obrigatória nas escolas.

Nossa idéia é que em uma época em que os conhecimentos se ultrapassam em quantidade e a vida é efêmera, a melhor ferramenta que a criança pode obter em sua escolaridade é um PENSAMENTO ORGANIZADO, utilizando para isso o xadrez como recurso.

“Os hindus explicam pelas casas do tabuleiro a passagem do tempo e das idades, as grandes influências que regem o mundo e os vínculos que unem o xadrez com as almas humanas.” .......... Al Masudi, historiador árabe, no ano 947.

PROFESSOR WILLIAM PEREIRA DA SILVA